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Liga dos Blogues Cinematográficos

Liga dos Blogues Cinematográficos

Arquivos Mensais: maio 2013

Ranking Anos 2000

27 segunda-feira maio 2013

Posted by Liga dos Blogues Cinematográficos in Rankings

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Anos 2000, Ranking

O Labirinto do Fauno

“Guillermo Del Toro sempre trabalhou em duas frentes: por Hollywood filmou Hellboy e Robôs Gigantes e pelo oficio criou faunos e fadas. Melhor: uma velha historia que ouviu da avó conservadora e religiosa, uma fabula que interpreta a realidade histórica em tom de fantasia e terror, poder e inocência, sem muito dinheiro, mas originalidade. Um “novo mundo”, onde se encontra a paz sem sacrificar a integridade. Um filme para adultos, para jovens, menos fácil de vender e, por causa disso, mais interessante.” (Mauricio Ribeiro, Spoiler)

Mal dos Trópicos

“Obra misteriosa que parte de um conflito entre o homem racional e as bestas selvagens e se amplifica através de sua narrativa quebradiça, que em determinado momento pari em si mesma um novo filme para colocar o espectador em condição semelhante à do protagonista: perdido na selva em uma noite escura, na qual não se vê mais que cinco palmos à frente da face. Um dos mais enigmáticos e encantadores filmes desse novo século, bela síntese da promissora filmografia de Apichatpong.”(Daniel Dalpizzolo, Multiplot)

Amantes Constantes

“Podia ser um extenso documentário poético sobre 1968. Porque Garrel dá a pensar que ainda está lá. Fez um filme libertário como a época, e não se apega às efemérides de revolta ou aos estereótipos de amor aberto – como fez Bertolucci pouco antes. Mostra os vazios, as horas de tédio, os desencantos, e o que há de anti-heroico e humano por trás das palavras de ordem e da novidade comportamental. Um jovem que ama a revolução – mas não tanto que vá matar por ela. Uma jovem enamorada por ele – mas não tanto que mude seus planos. Constante aqui é a grandeza desse cinema. Não é o amor.”(Alexandre Carvalho, Noitada)

Encontros e Desencontros

“Sofia Coppola retrata com sensibilidade esta história de cumplicidade entre dois estranhos que descobrem um no outro o que não conseguiram achar em qualquer outro lugar. A escolha por Tóquio, uma cidade que pouco compartilha dos costumes dos ocidentais, ajuda na intenção de transpor quadro a quadro os sentimentos de desconforto e desorientação característicos dos personagens. Primando pelo roteiro e atuações, Encontros e Desencontros é um delicado retrato do abismo que existe em cada um de nós.”(Mila Ramos, Cenas de Cinema)

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças

“A dor da perda é o que move Brilho Eterno. Mas não aquela perda saudosa, que te faz olhar para o passado e imaginar o quanto tudo era diferente. É aquela perda que desce pelo ralo do dia a dia de uma relação esgotada. É a perda que se nota esvair, mas cuja inércia do comodismo ou medo da quebra de uma frágil estrutura te faz recuar e olhar de longe aquele sentimento desvanecer. É como uma inconsciente autoflagelação. Prefere-se destruir aos poucos a estrutura do que derrubá-la de modo doloroso, porém fugaz. A originalidade da obra, no entanto, te faz sorrir e acreditar que ainda há esperança no amor. Mútuo e pelo cinema.” (João Paulo Barreto, Película Virtual)

Fale com Ela

“Em seu filme mais equilibrado, Almodóvar experimenta mudanças em seu “universo”: muda a narrativa, trocando o habitual ponto de vista feminino para centrá-lo sob a ótica masculina; e a cenografia “kitsch” saiu de cena sendo substituída por ambientes com cores mais sóbrias e discretas. Mesmo assim, através da trajetória dos protagonistas, o roteiro de Almodóvar, excelente escritor de melodramas, não perde de vista a sensibilidade, a paixão e o choque sempre presentes em seus surpreendentes filmes.” (Paulo Jr., Baú de Filmes)

Marcas da Violência

“David Cronenberg já explodiu cabeças e transformou homens em moscas em uma carreira pautada pela investigação das potências relacionadas ao corpo humano. Em Marcas da Violência, o cineasta reinventou sua linguagem ao narrar as consequências da conflitante relação entre corpo e mente. Como se desvencilhar de um passado que insiste em insurgir através da pele? Num dos pontos mais altos de sua obra, Cronenberg nos mostra que o corpo humano, fonte de inesgotável prazer, também pode ser uma prisão.” (Samuel Lobo, Cineman)

Caché

“Um diretor que lida com a memória de seu continente, do imperialismo, das tensões sociais e raciais, através de metáforas que explicitam a tensão diluída no dia a dia. Caché é um filme sobre uma responsabilidade esquecida. Haneke toma para si a responsabilidade de colocar aquilo que estava “escondido”, como diz o título, em posição de visibilidade, e deixa uma fita na porta de cada cinéfilo, com cenas que não queríamos ver, mas que deviam ser inevitáveis. Feridas que julgamos já cicatrizadas colocadas outra vez em carne viva.” (Ana Clara Matta, Ovo de Fantasma)

Onde os Fracos Não Têm Vez

“Os Coen fizeram sua fama com uma dose cavalar de humor negro e personagens exóticos em filmes como Fargo, Grande Lebowski entre outros. Mas, foi com um western moderno e amargo que o grande público os abraçou. Uma historia de cobiça, vingança e ódio sobre um rancheiro cheio de dívidas, o policial que investiga um crime hediondo e um matador excêntrico. Onde os Fracos é um trabalho de atores intenso (Javier Bardem impressionante) e uma direção que está a serviço da historia contada, sem exageros.”(Alexandre Landucci, Fotograma Digital)

A Viagem de Chihiro

“Hayao Miyazaki tem a capacidade de pegar situações, quaisquer que sejam elas, e transformar em belas e emocionantes histórias. Como se nunca tivesse perdido aquele filtro infantil que transforma a realidade em algo parecido com sonho. As Viagens de Chihiro é a comprovação disto. O medo do novo e o amadurecimento são retratados de maneira simples e fascinante. Com traços diferentes, o diretor japonês traz o espectador para o filme e não o deixa sair. Fazendo pensar e, o mais importante, sentir.” (Cecilia Barroso, Cenas de Cinema)

Dogville

“Justificando a visão das minorias representadas pela figura de Grace (Nicole Kidman), jovem perseguida pela polícia e por mafiosos, Dogville é um conto pessimista inspirado no teatro “caixa preta” de Bertold Brech. Von Trier instiga com tom irônico e fabuloso através da narração de John Hurt e valoriza a mise-en-scène por outro teatro, o dos absurdos. O jogo de compensações entre os moradores de Dogville e Grace logo remete à submissão e permissividade estrangeira aos EUA, culminando nas atrocidades iniciadas no dia da “independência”. Grace é devedora e Dogville é perversa. Basta saber qual é a maior em um mar de tragédias.” (Pedro Tavares, Cinemaorama)

Amantes

“James Gray conseguiu um quase perfeito equilíbrio dramático com esta obra cuja força das imagens e das atuações o colocam como um dos grandes romances dramáticos dos anos 2000. Inspirado no conto “White Nights” de Dostoievski, o diretor James Gray extraiu grandes atuações do elenco encabeçado pelo inspirado Joaquim Phoenix. Amantes é um daqueles filmes que merecem ser vistos pela profunda beleza de sua atmosfera que causa no espectador mais sensível vários momentos de reflexão sobre a condição humana.” (Wendell Borges, Arquivo de Cinema)

Sangue Negro

“Da relação pai-filho marcada pelo legado de uma indústria e seus numerosos trabalhadores ao papel social da religião, são vários os temas abordados por Sangue Negro, e a estética grandiosa de Anderson permite um toque profundo em todos eles. Seu protagonista, Daniel Plainview, se assemelha em trajetória a Charles Foster Kane, do clássico de Welles. A diferença é que a fragilidade de Plainview está exposta o filme inteiro: o bastardo numa cesta, o seu próprio rosebud.” (Cesar Castanha, Milos Morpha)

Bastardos Inglórios

“Não há janela para o mundo que sobreviva a Tarantino. Em Bastardos Inglórios, o diretor mata Hitler e põe fim à Segunda Guerra dentro de um cinema, através da combustão de enorme quantidade de rolos de filme. Ao historiador mais conservador, tudo soa como uma terrível profanação do seu campo de conhecimento, mas trata-se, na verdade, de um justo grito de liberdade da arte em relação à tão almejada fidelidade histórica. Bastardos Inglórios é o filme americano mais importante da década passada.” (Wallace Andrioli, Crônicas Cinéfilas)

Amor à Flor da Pele

“Em Amor à Flor da Pele, o silêncio das personagens é suficiente para criar um dos mais sedutores quadros centrados no amor, melancolia e desejo. Wong Kar-Wai repete-se ao longo do filme numa poesia rítima, como movimentos lentos e levemente erotizados, fazendo deste um dos mais belos e inocentes filmes de sempre, onde parece impossível não ceder ao encanto do que vemos. Tanto que as palavras são limitadas para descrever a sensação de assistir à castidade deste Amor proibido.” (Tiago Ramos, Split Screen)

Antes do Pôr-do-Sol

“Um retrato da intimidade. Poucas palavras poderiam definir melhor esta obra-prima de Linklater. Tudo neste filme é puro, natural, incrível. O reencontro do casal tem o desconforto, o não-dito, um trabalho primoroso no preparo que o trio Linklater, Hawke e Delpy, autores, tiveram para que tudo soasse tão em seu lugar. Paris é apenas uma avenida que colore o filme. A verdadeira beleza está nas crônicas de erros e acertos, mesmo quando tudo deveria ser menos complexo. Quando Jesse acena consentindo que perderá o avião já não há quem possa não querer estar ali, continuamente, para não mais abandona-la.” (Guilherme Martins, O Esporte Favorito dos Homens)

Elefante

“John chega à escola trazido pelo pai bêbado. Elias se dirige ao laboratório onde prepara fotos e elabora o futuro. Michelle tenta esconder o corpo esquisito das outras moças da aula de educação física. E Eric e Alex querem justiça. Não é certo que sejam importunados por atletas brutamontes. Sob o lápis do diretor, arquétipos básicos são tratados com a delicadeza de quem transforma clichês em identificação. A câmera mostra e o espectador tira suas conclusões. Não há heróis ou vilões, apenas vítimas.” (Chico Fireman, Filmes do Chico)

Cidade de Deus

“Com Cidade de Deus, Fernando Meirelles conseguiu talvez o maior sucesso internacional da história do cinema brasileiro. O filme é figurinha fácil dentre os melhores filmes de sua década, na opinião de diversos críticos e fãs mundo afora, sem qualquer patriotada. Não surpreende, tendo em vista seu ritmo ágil e envolvente, e suas ótimas atuações, alicerçadas por um roteiro muito inteligente, alternando comédia e violência. Mais uma prova que o Cinema brasileiro nunca vai ser pequeno, porra!”(Marcelo Rennó, Cinema Desde Sempre)

Kill Bill: Vol. 1

“Apuro estético, texto afiado, o pop como estilo norteador, tudo perpassando pelos tons de violência e humor negro. É todo o verniz cult e autoral que torna esse projeto tão prazeroso de se ver, mesmo pelo grafismo brutal das mortes que deixam seu rastro sangrento. A noiva que quer matar Bill é no fundo a mãe que busca a vingança pela filha que lhe foi tirada. Essa é sua sina, numa jornada tão louca quanto improvável. É um remendo de referências, mas o coração pop de Tarantino está todo aqui.”(Rafael Carvalho, Moviola Digital)

Cidade dos Sonhos

“Muito se fala em polissemia nos filmes de David Lynch. Então, por que não aceitar as possibilidades novas que o titulo em português, muitas vezes rechaçado, nos oferece? Sim, o filme é sobre uma cidade específica, Los Angeles, e todos os sonhos de sucesso que ela oferece. Mas o filme é também sobre a paixão e sua possibilidade de se criar mundos, de se criar lugares, através do delírio e ilusão. Mulholland Drive é a estrada que liga essa essas duas possibilidades, em um filme dividido ao meio por um tal de Club Silencio, aquele canto onde só existe a melancolia. Não sabemos se de um amor não vivido ou já partido, mas aceitamos a ilusão com tudo de real que ela oferece.” (Milton do Prado, Amor Louco)

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Ranking Anos 2000: do 100º ao 21º

27 segunda-feira maio 2013

Posted by Liga dos Blogues Cinematográficos in Ranking décadas, Rankings

≈ 1 comentário

91-100

81-90

71-80

61-70

51-60

41-50

31-40
21-30

Mondo Wilder

26 domingo maio 2013

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Billy Wilder


Samuel Goldwyin: “Em que você
está trabalhando agora?”
Billy Wilder: “Na minha biografia”.
Samuel Goldwyin: “E do que se trata?”


E do que se trata esse Ranking? Da mais fria e gélida serie noir já feita, com seu desejo sentimental de justiça e sua visão de que a morte é o preço da felicidade? Da Sunset Boulevard, a rua dos sonhos em que William Holden tropeça e cai, com três tiros nas costas, na piscina de seus desejos, no tumulo de suas esperanças? Ou de Humphrey Bogart, o inveterado Rick de CASABLANCA, transformado num galanteador desajeitado que arrebata o coração de Audrey Hepburn numa comedia de Cinderela? Talvez se trate de Marlene Dietrich, de Gloria Swanson, de Marilyn Monroe, de Shirley Maclaine… Relíquias de uma grande época que o vento levou… E que a Liga dos Blogues resgata, agora, em tributo a esse cineasta “bon vivant”, de tantas historias, de tanto sarcasmo e, sem duvida, de infinitas gags. Apimentadas, sim, porque QUANTO MAIS QUENTE MELHOR!
Mauricio Ribeiro


“O mais importante é o roteiro.
Cineastas não são alquimistas.
De titica de galinha não se faz chocolate.
Billy Wilder



Discípulo e fã confesso de Ernst Lubitsch, em AMOR NA TARDE Billy Wilder lhe faz sua maior homenagem, inclusive se utilizando de dois atores que trabalharam muito bem com seu mestre (Gary Cooper e Maurice Chevalier), e com uma atriz como Audrey Hepburn que não o fez por uma infelicidade temporal, mas que dominava como nenhuma outra o timing de uma comédia romântica. Lubitsch teria ficado orgulhoso do resultado.
Marcelo Rennó


“O close é terrivelmente valioso –
como um trunfo no bridge.”
Billy Wilder



Ao final da segunda guerra mundial, os maiores diretores americanos se concentraram em mostrar a volta dos soldados ao front familiar. Billy Wilder, porém, preferiu ficar na Europa por um tempo e se aproveitou ao máximo de uma Berlim em ruínas para fazê-la locação de um triângulo amoroso cheio de nuances e com forte contexto político, um raro filme inteligente feito por Hollywood sobre o pós-guerra. E que diálogos…
Mateus Nagime


“Li o seu artigo enquanto
estava no secador do salão de beleza e, naturalmente,
ele faz bem ao coração de um velhor pornógrafo
Billy Wilder, em resposta a crítica da Vogue



Grande comédia de erros, sexual, cheia de trocadilhos, ironias e frases dúbias. Funciona, à Frank Tashlin, como ótima crônica. Como CREPÚSCULO DOS DEUSES, é inclemente com o show business e torna Dean Martin uma nova Gloria Swanson. Kim Novak em uma de suas melhores performances, Felicia Farr, bastante adequada (em papel escrito para Marilyn Monroe), e Ray Walston como o protagonista, substituindo Peter Sellers.
Marcelo Valletta


“Um único (drinque) é demais,
e cem não são suficientes.”
Ray Milland, em FARRAPO HUMANO



A segurança excessiva, que leva o jovem autor a abandonar a faculdade, vira insegurança excessiva, que paralisa o processo criativo como um veneno que percorre as veias (combatido pelo protagonista com outro veneno). O prazer vira vício, a sobriedade é tratada como um filme de horror, um demônio manifesto em contraste, sombras, insetos, tortura. FARRAPO HUMANO é um filme ácido, corrosivo, que coloca um homem na posição de seu próprio vilão, e coloca nas mãos do vilão a constante arma d’A Garrafa.”
Ana Clara Matta


“A senhora trabalhou com muitos
grandes diretores…”
Não. Não, só trabalhei com dois grandes
diretores, Von Sternberg e Billy Wilder.”
Marlene Dietrich, em resposta a Peter Bogdanovich



Empilhamento engenhoso de enigmas de tribunal, o courtroom drama de Wilder costuma ser lembrado pelo frenesi de revelações e catarses explodidas nos minutos finais. Mas o que mantém o filme misterioso, maior do que a reles soma de clímax e boas atuações, é uma concentração de esforços dramáticos não no réu, e sim nos procedimentos de investigação e discurso de advogado de defesa e testemunha de acusação.
Felipe Moraes


“O espelho… está quebrado.”
“Eu sei. É assim que eu gosto.
Assim também vejo como me sinto.”
Dialogo entre Jack Lemmon & Shirley Maclaine,
em SEM MEU APARTAMENTO FALASSE



Billy Wilder uma vez disse que se você quer dizer a verdade às pessoas, seja divertido ou elas te matarão. É com esse espírito que ele conseguiu, em SE MEU APARTAMENTO FALASSE, compreender diversos assuntos ainda difíceis para a época, como sexo, solidão e avareza, através de um cinismo bastante peculiar e melancolia implícita, transformando um simples apartamento em um hilariante e caótico ambiente.”
Daniel Pilon


“Basta uma única gota de medo,
e o amor se coagula em ódio.”
James M. Cain, em PACTO DE SANGUE



A simples trama de PACTO DE SANGUE – mulher convence o amante a matar seu marido para ficar com sua grana – serve para explorar o que há melhor no filme de Wilder: o preto e branco que realça a loira sensual que surge enrolada numa toalha de banho diante do elegante homem de terno e gravata, símbolos de uma instituição familiar falida; e a inventiva narrativa em flashback, que revela o crime na primeira cena e mantém a tensão até o fim. As sombras de Barbara Stanwyck e Edward G. Robinson explodem em cena.
Hudson Dalbem


“Aqui não há sequer um prédio de 20 andares
para pular dele, se alguém tiver vontade.”
Kirk Douglas, em A MONTANHA DOS SETE ABUTRES



Wilder, além de trabalhar com cinema, também era jornalista. A julgar por este filme, não era de ver seu ofício com olhar ingênuo, mas com ferino cinismo. Se A MONTANHA DOS SETE ABUTRES se assume como crítica à exploração midiática, é interessante notar que o protagonista podia ser também um cineasta, um político, ou outro ofício que lide com material humano, pois o filme se trata do que pode estar por trás de nossa aparente filantropia na relação com os outros e em como, estando no seio de uma indústria cultural, podemos nos apropriar e nos desfazer de heróis num piscar de olhos.
Rodrigo Coelho


“Ela tinha de dizer apenas:
“Where is the Bourbon?”
Tivemos que refazer essa cena,
acreditem, 65 vezes!
Billy Wilder, sobre MM



QUANTO MAIS QUENTE MELHOR é (quase) unanimidade, não à toa. Tony Curtis e Jack Lemmon estão impagáveis na pele dos músicos que se fantasiam de mulher para escapar de perseguidores criminosos. Logo, eles entram na banda encabeçada por uma Marilyn Monroe voluptuosa e ingênua na mesma medida. Idas e vindas amorosa embaladas pela genial verve cômica de Billy Wilder fazem deste um dos melhores filmes do cineasta.
Marcelo Müller


“Ainda maravilhosa, não? E sem diálogo!”
Norma Desmond, em CREPÚSCULO DOS DEUSES



CREPÚSCULO DOS DEUSES é uma perversa crítica ao lado sombrio do ser humano e à indústria cinematográfica hollywoodiana (especialmente ao fato de como ela descarta seu passado rapidamente). E é, sobretudo, uma lição de cinema com personagens fracos e moralmente ambíguos, direção de arte luxuosa, cameos conhecidíssimos (Buster Keaton, Hedda Hepper, Cecil B. De Mille) e gravações em ambientes externos reais. Enfim, um clássico.
Kamila Azevedo


Mondo Wilder

1 . CREPÚSCULO DOS DEUSES | Billy Wilder – 9,53
2 . QUANTO MAIS QUENTE MELHOR! | Billy Wilder – 9,09
3 . A MONTANHA DOS SETE ABUTRES | Billy Wilder – 8,97
4 . PACTO DE SANGUE | Billy Wilder – 8,85
5 . SE MEU APARTAMENTO FALASSE | Billy Wilder – 8,76
6 . TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO | Billy Wilder – 8,59
7 . FARRAPO HUMANO | Billy Wilder – 8,53
8 . BEIJE-ME, IDIOTA! | Billy Wilder – 8,29
9 . A MUNDANA | Billy Wilder – 8,14
10 . AMOR NA TARDE | Billy Wilder – 8,13
11 . CÚPIDO NÃO TEM BANDEIRA | Billy Wilder – 8,06
12 . CINCO COVAS NO EGITO | Billy Wilder – 8,05
13 . INFERNO #17 | Billy Wilder – 8,05
14 . O PECADO MORA AO LADO | Billy Wilder – 8,03
15 . IRMA LA DULCE | Billy Wilder – 7,94
16 . SABRINA | Billy Wilder – 7,86
17 . AVANTI… AMANTES À ITALIANA | Billy Wilder – 7,80
18 . A PRIMEIRA PÁGINA | Billy Wilder – 7,62
19 . UMA LOURA POR UM MILHÃO | Billy Wilder – 7,60
20 . A INCRÍVEL SUZANA | Billy Wilder – 7,55
21 . A VIDA ÍNTIMA DE SHERLOCK HOLMES | Billy Wilder – 7,39
22 . A VALSA DO IMPERADOR | Billy Wilder – 7,30
23 . AMIGOS, AMIGOS, NEGÓCIOS À PARTE | Billy Wilder – 6,57
*** . FEDORA | Billy Wilder – 8,50
*** . ÁGUIA SOLITÁRIA | Billy Wilder – 6,50

“Imagine uma familia em Duseldorf. O mundo está desesperado.
Ele chega em casa e encontra uma carta da Receita Federal.
Ou ele paga os 11 mil marcos de imposto devido, ou vai para
a cadeia. A mulher abre o jogo com ele: “Eu estou apaixonada
pelo dentista e vou te deixar”. O filho foi preso como terrorista,
a filha está grávida e tem sifilis. Nesse momento chega alguém
para visitá-lo e diz: “Sei que você teve um péssimo dia.
Por que não vamos nos divertir um pouco? Que tal
irmos ao cinema ver DESPAIR, de Fassbinder?”
Billy Wilder, 1979



LADRÕES DE BICICLETA é um filme marcante. Com cenas antológicas e um cuidado especial com a fotografia e a trilha sonora, nos vemos completamente envolvidos pela história de Ricci e de jovem Bruno. Como em outros títulos do neo-realismo, Vittorio de Sica demonstra toda sua capacidade em tirar de seus atores, mesmo que não profissionais, tudo aquilo que precisa deles. Um filme para emocionar e não esquecer nunca mais.
Cecilia Barroso



Um filme de ambições: nosso herói ingênuo quer ser rico e se casar com a bela dançarina. Para isso, Chaplin faz desafiar a gravidade, o frio intenso e ursos selvagens, comer botas e fazer dançar pãezinhos, tudo com a graça habitual, num ápice de sua carreira como comediante e encenador. Enfim, faz a gente se divertir genuinamente e isso já é muita coisa. Mas sua ambição mais forte é ser grande. Aqui ele é um máximo.
Rafael Carvalho



À Jean Renoir em A GRANDE ILUSÃO interessam principalmente as relações cordiais estabelecidas entre inimigos durante a Primeira Guerra Mundial, conflito tido por ele quase como uma guerra de cavalheiros. Ao apontar para as incontornáveis semelhanças entre povos separados por fronteiras e diferenças artificiais, o diretor acabou realizando um dos filmes mais belos e humanistas da história do cinema.
Wallace Guedes



Afresco naturalista à Emile Zola, onde não faltam os detalhes escabrosos, Ouro e maldição, sobre ser uma obra-prima da estética da arte muda, é um filme, no entanto, que configura o universo megalomaníaco e extravagante de um insólito realizador. Falso dentista ganha fortuna, casa-se e, numa noite de embriagues, mata a mulher. Tudo neste filme exala podridão, decrepitude e morte. Mas, estranhamente, de sua fealdade nasce a beleza.
André Setaro



A TURBA é um filme-presságio. O protagonista do filme é um ex-figurante, um ator que surge da multidão para estrelar um filme sobre quem está no meio da multidão. Um homem que se achava predestinado ao sucesso, mas que vê o fim de seu sonho, que é o sonho americano. King Vidor lança uma poderosa reflexão sobre a relação entre o homem e a cidade e parece perguntar o que é um no meio de um milhão.
Chico Fireman


Ranking Geral

1 . UM CORPO QUE CAI | Alfred Hitchcock – 9,69
2 . A TURBA | King Vidor – 9,68
3 . A PALAVRA | Carl Theodor Dreyer – 9,67
4 . JANELA INDISCRETA | Alfred Hitchcock – 9,65
5 . ONDE COMEÇA O INFERNO | Howard Hawks – 9,56
6 . PSICOSE | Alfred Hitchcock – 9,55
7 . TRÊS HOMENS EM CONFLITO | Sergio Leone – 9,54
8 . CREPÚSCULO DOS DEUSES | Billy Wilder – 9,53
9 . O PODEROSO CHEFÃO II | Francis Ford Coppola – 9,44
10 . TAXI DRIVER | Martin Scorsese – 9,43
11 . OURO E MALDIÇÃO | Erich von Stroheim – 9,36
12 . O PODEROSO CHEFÃO | Francis Ford Coppola – 9,35
13 . A GRANDE ILUSÃO | Jean Renoir – 9,33
14 . PERSONA | Ingmar Bergman – 9,32
15 . EM BUSCA DO OURO | Charles Chaplin – 9,30
16 . MORANGOS SILVESTRES | Ingmar Bergman – 9,26
17 . GRITOS E SUSSURROS | Ingmar Bergman – 9,25
18 . OS IMPERDOÁVEIS | Clint Eastwood – 9,20
19 . LARANJA MECÂNICA | Stanley Kubrick – 9,18
20 . QUANTO MAIS QUENTE MELHOR! | Billy Wilder – 9,17
21 . PARAÍSO INFERNAL | Howard Hawks – 9,17
22 . OS PÁSSAROS | Alfred Hitchcock – 9,16
23 . LADRÕES DE BICICLETA | Vittorio De Sica – 9,15
24 . O LEOPARDO | Luschino Visconti – 9,13
25 . PULP FICTION | Quentin Tarantino – 9,13

Ninguém é perfeito!


ranking de abril, 2013

12 domingo maio 2013

Posted by Liga dos Blogues Cinematográficos in Rankings

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RANKING ABRIL 2013 (A)

Vocês ainda não viram nada… Ou viram? Sim, porque o filme de Alain Resnais cravou o primeiro lugar no Ranking de Abril com a mesma média de DESEJO E PERIGO (Ang Lee), A GRANDE ILUSÃO (Robert Rossen), PACIFIC (Marcelo Pedroso), RISCADO (Gustavo Pizzi), O TAMBOR (Volker Schlondorff) e O CÍRCULO (Jafar Panahi), sendo o 8⁰ Melhor Filme de 2013 e o quinto filme do diretor entre os 300 Melhores Filmes já avaliados pela Liga. Para completar o pódio de Abril, mais dois filmes lançados em Cannes 2012: REALITY e A VISITANTE FRANCESA.


>RANKING ABRIL 2013 (B)

traço LARANJA MECÂNICA
Stanley Kubrick
9,18

1 VOCÊS AINDA NÃO VIRAM NADA!
Alain Resnais
7,67

2 REALITY – A GRANDE ILUSÃO
Matteo Garrone
7,43

3 A VISITANTE FRANCESA
Hong Sang-soo
7,14

4 DEPOIS DE MAIO
Olivier Assayas
7,13

5 IRMÃS JAMAIS
Marco Bellocchio
7,00

6 HOJE
Tata Amaral
6,88

7 ALVO DUPLO
Walter Hill
6,80

8 UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA
Luiz Bolognesi
6,50

9 HOMEM DE FERRO 3
Shane Black
6,44

10 GINGER & ROSA
Sally Potter
6,38

11 A MORTE DO DEMÔNIO
Fede Alvarez
6,24

12 UMA GARRAFA NO MAR DE GAZA
Thierry Binist
6,13

13 MAMA
Andrés Muschietti
6,04

14 O ABISMO PRATEADO
Karim Ainouz
5,97

15 CHAMADA DE EMERGÊNCIA
Brad Anderson
5,83

16 THÉRÈSE D.
Claude Miller
5,69

17 OBLIVION
Joseph Kosinski
5,55

18 O FUTURO
Miranda July
4,90

19 MEU PÉ DE LARANJA-LIMA
Marcos Bernstein
4,89

19 DOIS DIAS EM NOVA YORK
Julie Delpy
4,36

21 UM PORTO SEGURO
Lasse Hallström
4,22

22 UM BOM PARTIDO
Gabriele Muccino
3,71

traço A CRIADA
Sebastián Silva
7,17

traço O ACORDO
Ric Roman Waugh
6,00

Rankings Alternativos

MAIS POPULAR 2013
HOMEM DE FERRO 3

Shane Black
37%

MAIS POLEMICO 2013
UM BOM PARTIDO

Gabriele Muccino
+/- 1,67

MAIS AMADO 2013
VOCÊS AINDA NÃO VIRAM NADA!

Alain Resnais
2

MAIS ODIADO 2013
O FUTURO

Miranda July
1

AME OU DEIXE 2013
O FUTURO

Miranda July
8,5

PIOR FILME 2013
UM BOM PARTIDO

Gabriele Muccino
3,71

RANKING ABRIL 2013 (GERAL)

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