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Liga dos Blogues Cinematográficos

Liga dos Blogues Cinematográficos

Arquivos Mensais: dezembro 2008

30 terça-feira dez 2008

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RANKING DE NOVEMBRO

Uma enxurrada de excelentes filmes marcam tradicionalmente novembro, depois das premieres nacionais nos Festival do Rio e na Mostra de SP. Novembro marca também, o ínicio da temporada de premiações no cinema e nesse mês a Liga escolheu diretores de pedigre para representar seu ranking. Todos exibidos em outubro no Rio e São Paulo e todos com (alguma) chance de indicação ao Oscar. Leonera é o representante da Argentina no Oscar, Vicky Cristina Barcelona é o principal favorito ao Oscar de atriz coadjuvante e Queime Depois De Ler tem chances razoáveis em roteiro. 66% da Liga votou e selecionou 18 títulos esse mês, dos 35 elegíveis.

Leonera | Pablo Trapero

“Acusada de matar o namorado em circunstâncias misteriosas, Julia, grávida, é encarcerada na ala feminina do presídio, onde nos próximos anos, além de ver nascer e crescer o filho, tentará entender o que aconteceu naquela noite fatídica e assim buscar sua libertação. Qualquer que seja ela e sempre ao lado do filho. Um drama aparentemente explosivo, com toques de crime passional, enganosamente iniciado ao som de uma ritmada e singela canção infantil, que, no entanto, é conduzido com a habitual economia por Pablo Trapero. Mostrando somente o essencial, de maneira dura e direta, ocultando e embaralhando fatos, desglamourizando a nudez dos frágeis ou maltratados corpos femininos encarcerados, sobretudo o de sua grávida protagonista enquanto se banha, Trapero tem o mérito ainda de levar o espectador por caminhos incertos, entrelaçando os meandros da lei, e seu surreal cárcere onde crianças convivem com presidiárias, com conflitos familiares e a eterna questão da busca da verdade, fazendo prevalecer ao final (e de maneira surpreendente) a escolha individual de Julia, vivida com ferocidade ‘leonina’ por uma sempre bela Martina Gusman. O essencial do cinema de Trapero está também impresso na perplexidade do olhar dela diante das injustiças de um mundo que se impõe como ordenado, embora sempre duro, opaco e cruel.”

David Medeiros | Blog of Snobs

Ranking do Mês [*]
1 [16] Leonera | Pablo Trapero – 7,86
2 [19] Vick Cristina Barcelona | Woody Allen – 7,75
3 [33] Queime Depois de Ler | Ethan E Joel Coen – 7,40
4 [49] O Silêncio de Lorna | Jean-Pierre & Luc Dardenne – 6,89
5 [50] Terra Vermelha | Marco Bechis – 6,86
6 [64] Climas | Nuri Bilge Ceylan – 6,65
7 [65] [REC] | Jaume Balagueró & Paco Plaza – 6,64
8 [72] Feliz Natal | Selton Mello – 6,45
9 [78] Rede de Mentiras | Ridley Scott – 6,35
10 [85] Cashback | Sean Ellis – 6,21
11 [86] Meu Nome é Dindi | Bruno Safadi – 6,17
12 [92] Os Estranhos | Bryan Bertino – 6,04
13 [93] A Duquesa | Saul Dibb – 6,00
14 [110] Fronteira | Rafael Conde – 5,75
15 [134] Deserto Feliz | Paulo Caldas – 5,29
16 [144] Quantum of Solace | Marc Forster – 5,03
17 [162] Orquestras de Meninos | Paulo Thiago – 4,42
18 [171] Max Payne | John Moore – 3,13

*POSIÇÃO [POSIÇÃO NO ANO] FILME | Diretor – Nota

Filmes Abaixo Da Amostragem De 10%
— [–] Pan Cinema Permanente | Carlos Nader – 7,50
— [–] Mil Anos de Orações | Wayne Wang – 6,33
— [–] O Traidor | Jeffrey Nachmanoff – 6,00
— [–] Pindorama – A Verdadeira História dos 7 Anões | Roberto Berliner, Lula Queiroga E Leo Crivellare – 5,50
— [–] Sob a Mesma Lua | Patricia Higgen – 5,00
— [–] Vingança | Paulo Pons – 5,00
— [–] A Princesa do Nebraska | Wayne Wang – 3,50
— [–] A Mulher de Meu Amigo | Cláudio Torres – 3,00
— [–] A Margem da Linha | Gisella Callas – Sem Nota
— [–] Garage Olimpo | Marco Bechis – Sem Nota
— [–] Hugo – O Tesouro da Amazônia | Flemming Quist Møller E Jørgen Lerdam – Sem Nota
— [–] Meu Brasil | Daniela Broitman – Sem Nota
— [–] O Mistério da Estrada de Sintra | Jorge Paixão Da Costa – Sem Nota
— [–] Panair do Brasil | Marco Altberg – Sem Nota
— [–] Scar – A Marca do Mal | Jed Weintrob – Sem Nota
— [–] Um Amor de Vizinho | Eddie O’Flaherty – Sem Nota

Vicky Cristina Barcelona | Woody Allen

“Em Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen vai além da visão de cartão postal da cidade catalã, tornando-a uma personagem fundamental de seu filme, personagem com uma presença tão magnífica quanto as presenças de Javier Bardem, Scarlett Johansson e da surpreendente Rebecca Hall. No entanto, é quando a personagem de Penélope Cruz entra em cena, uma personagem que parece vinda diretamente de um filme de Pedro Almodóvar, que o filme se eleva a um novo patamar, e confirma o quanto o cinema de Woody Allen, mesmo repetindo temas e situações, tem uma capacidade enorme de ainda ser original”

Wallace Guedes | Crônicas Cinéfilas

Rankings Alternativos

Filme Mais Popular: Maior Amostragem (Empate)
Vicky Cristina Barcelona | Woody Allen [53%]
Queime Depois De Ler | Ethan e Joel Coen [53%]

Filme “Ame ou Deixe”: Maior diferença entre maior e menor nota
Cashback | Sean Ellis [9 pts]

Filme Mais Amado: Maior Ocorrência de Notas 10
Vicky Cristina Barcelona | Woody Allen [4x]

Filme Mais Odiado: Maior Ocorrência de Notas 0 (Empate)
Cashback | Sean Ellis [1x]
Max Payne | John Moore [1x]
Meu Nome é Dindi | Bruno Safadi [1x]

Filme Mais Polêmico: Maior Desvio Médio
Cashback | Sean Ellis [+/- 1,8]

Queime Depois de Ler | Ethan e Joel Coen

“Se é mesmo um filme menor dos irmãos Coen, como muito se disse, ainda mais vindo logo depois de Onde os Fracos não Têm Vez, Queime Depois de Ler não deixa de ser uma respirada muito bem humorada, inteligente e bastante ácida da paranóia americana com seus segredos de estado. Do atual e constante momento de alerta laranja que paira sobre a “América”, os Coen aludem ao filme de espionagem, injetando ironia na trama a partir de um contexto que não mostra mais “perigo”, o da ameaça comunista da União Soviética. Junte-se a isso uma série de personagens neuróticos e/ou idiotas que fazem o filme andar com sua sucessão de erros. E pensar que tudo começa com um sério caso de vazamento de informações da CIA e termina nas mãos de uma mulher que precisa de dinheiro para fazer plástica e arrumar um namorado e de um professor de ginástica acéfalo que extrapola a fronteira do ridículo, em trama rocambolesca e completamente passível do sarcasmo e do humor negro dos Coen e de seu espectador. Imperdível!”

Eduardo Miranda | Mira!

Ranking Do Ano [**]
1 [1] Wall-E | Andrew Stanton – Jun – 8,73
2 [2] Onde os Fracos não Têm Vez | Ethan Coen E Joel Coen – Fev – 8,65
3 [3] Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto | Sidney Lumet – Jun – 8,54
4 [4] Não Estou Lá | Todd Haynes – Mar – 8,50
5 [5] Sangue Negro | Paul Thomas Anderson – Fev – 8,32
6 [6] A Espiã | Paul Verhoeven – Jan – 8,30
7 [7] Falsa Loura | Carlos Reichenbach – Abr – 8,24
8 [8] O Nevoeiro | Frank Darabont – Ago – 8,17
9 [9] Serras da Desordem | Andrea Tonacci – Mar – 8,15
10 [10] Uma Garota Dividida em Dois | Claude Chabrol – Jul – 8,13

**POSIÇÃO ATUAL [POSIÇÃO ANTERIOR] FILME | Diretor – mês de Lançamento – Nota

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24 quarta-feira dez 2008

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RANKING DE OUTUBRO

Procedimento Operacional Padrão, o melhor filme de outubro, é apenas o 66º filme do ano. Ranking que soma no seu décimo mês, 150 filmes. Ranking que, aliás, sofreu uma alteração para representar melhor os votos dos integrantes da Liga. Até então, eram elegíveis para o ranking os filmes que tiveram 20% dos votos. Agora, entram os que foram lembrados por 10% dos votantes. A mudança foi feita para contemplar mais filmes nos rankings já que muitos votantes só deixam para assistir aos filmes semanas depois dos lançamentos. A alteração validou 48 novos títulos.

Procedimento Operacional Padrão | Errol Morris

“Procedimento Operacional Padrão é um dos filmes mais impactantes do ano. Aqui, Morris fez um documentário em que os abusos de Abu Ghraib são narrados em primeira pessoa, entrevistando alguns dos principais personagens (abusadores), que foram julgados, condenados, cumpriram sentença por seus crimes e hoje estão livres. E vai além: Fez um filme sobre como os sujeitos mais graduados dessa história mantiveram-se ocultos.”
Marfil | Spoiler Movies

Ranking do Mês [*]

1 [66] Procedimento Operacional Padrão | Errol Morris – 6,42
2 [73] Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada | Peter Hedges – 6,28
3 [80] Fatal | Isabel Coixet – 6,07
4 [92] Na Mira do Chefe | Martin Mcdonagh – 5,83
5 [93] Rocknrolla – A Grande Roubada | Guy Ritchie – 5,83
6 [101] Última Parada:174 | Bruno Barreto – 5,69
7 [103] Busca Implacável | Pierre Morel – 5,69
8 [108] Amigos, Amigos, Mulheres À Parte | Howard Deutch – 5,58
9 [117] Pelos Meus Olhos | Iciar Bollain – 5,36
10 [121] Espelhos do Medo | Alexandre Aja – 5,25
11 [128] Morte Súbita | Greg Mclean – 5,00
12 [140] Noites de Tormenta | George C. Wolfe – 4,58
13 [142] As Duas Faces da Lei | Jon Avnet – 4,57
14 [147] Corrida Mortal | Paul W. S. Anderson – 4,29

*Posição [Posição No Ano] Filme | Diretor – Nota

Filmes Abaixo da Amostragem de 10%
— [–] Super-Heróis: A Liga da Injustiça | Jason Friedberg & Aaron Seltzer – 7,25
— [–] Pretérito Perfeito | Gustavo Pizzi – 7,10
— [–] Mandela – A Luta Pela Liberdade | Bille August – 5,50
— [–] Caos Calmo | Antonello Grimaldi – 5,40
— [–] Os Mosconautas no Mundo da Lua | Ben Stassen – 5,00
— [–] A Casa das Coelhinhas | Fred Wolf – 4,20
— [–] A Outra Margem | Luís Felipe Rocha – 4,00
— [–] Jogos Mortais 5 | David Hackl – 4,00
— [–] High School Music 3 | Kenny Ortega – 3,83
— [–] Um Segredo Entre Nós | Dennis Lee – 3,67
— [–] A Guerra dos Rocha | Jorge Fernando – 3,33
— [–] Dias e Noites | Beto Souza – 2,00

Eu, Meu Irmão E Nossa Namorada | Peter Hedges

“Apesar do título brasileiro querer aproximar o filme das comédias idiotas de Jim Carrey, o longa de Peter Hedges segue num caminho bem diferente. É quase Um Conto De Natal do outro lado do Atlântico, sem os devaneios psicológicos tipicamente franceses e com um pé no perigoso terreno dos indies tristonhos. O diferencial aqui mora em como o filme e seu protagonista conseguem transitar com facilidade do cômico ao melancólico, trazendo um tom que embora seja leve, nunca deixa de sério e sensível.”
Chico Fireman | Filmes do Chico

Rankings Alternativos

Filme Mais Popular: Maior Amostragem
As Duas Faces Da Lei | Jon Avnet [26%]

Filme “Ame Ou Deixe”: Maior Diferença Entre Maior E Menor Nota
As Duas Faces Da Lei | Jon Avnet [8 Pts]

Filme Mais Amado: Maior Ocorrência De Notas 10
—–

Filme Mais Odiado: Maior Ocorrência De Notas 0 [Empate]
As Duas Faces Da Lei | Jon Avnet [1x]
Busca Implacável | Pierre Morel [1x]
Morte Súbita | Greg Mclean [1x]

Filme Mais Polêmico: Maior Desvio Médio
Morte Súbita | Greg Mclean [+/- 2,3]

Fatal | Isabel Coixet

“O péssimo título nacional pode sugerir um suspense ou coisa parecida, mas Fatal gira em torno de um arrebatamento romântico – O conflito entre razão e sentimento. Para se ter uma idéia, o nome original é “Elegy”, ou “Elegia” – em português, um gênero da poesia caracterizado pelo tom de lamúria. Bem mais adequado, apesar de incompreensível para a grande maioria do público.”
Burg | Pipoqueira

Ranking Do Ano [**]

1 [1] Wall-E | Andrew Stanton – Jun – 8,73
2 [2] Onde Os Fracos Não Têm Vez | Ethan Coen E Joel Coen – Fev – 8,65
3 [3] Antes Que O Diabo Saiba Que Você Está Morto | Sidney Lumet – Jun – 8,54
4 [4] Não Estou Lá | Todd Haynes – Mar – 8,50
5 [5] Sangue Negro | Paul Thomas Anderson – Fev – 8,32
6 [6] A Espiã | Paul Verhoeven – Jan – 8,30
7 [7] Falsa Loura | Carlos Reichenbach – Abr – 8,24
8 [8] O Nevoeiro | Frank Darabont – Ago – 8,17
9 [9] Serras Da Desordem | Andrea Tonacci – Mar – 8,15
10 [10] Uma Garota Dividida Em Dois | Claude Chabrol – Jul – 8,13

**Posição Atual [Posição Anterior] Filme | Diretor – Mês De Lançamento – Nota

15 segunda-feira dez 2008

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RANKING DOS ANOS 40

Cidadão Kane

1 Cidadão Kane
Citizen Kane, Orson Welles, 1941
863 pontos – 31 votos – 9 poles

“Ponto de partida da linguagem do cinema moderno, e fortemente influenciado pela plástica da imagem do expressionismo alemão, a revolução proposta por Welles se encontra na pulverização da estrutura narrativa, que assume a feição de um puzzle com uma sucessão de pontos de vistas. Construído sobre um procedimento de investigação, no qual se busca uma pista falsa, o significado de Rosebud, o filme é, na verdade, sobre a impossibilidade de se adentrar na personalidade de um homem esfuziante e contraditório. Ou, como disse o historiador francês Georges Sadoul, o retrato do artista por ele mesmo. Baseado livremente na trajetória do magnata da imprensa William Randolph Hearst, Cidadão Kane tem a sua expressão maior na maneira pela qual o realizador efetua a sua narração. A iluminação de Gregg Toland contribui muito para o estabelecimento da mise-en-scène singular e original. Curiosamente o seu lançamento, antes dos Estados Unidos, se dá no Brasil em 16 de junho de 1941. Trata-se de uma obra-prima absoluta que permanece atual até os dias de hoje” (Andre Setaro, do Setaro’s Blog).

As Vinhas da Ira

2 As Vinhas da Ira
The Grapes of Wrath, John Ford, 1940
606 pontos – 26 votos – sem poles

“Podemos (e devemos) falar nos extraordinários conseguimentos cinematográficos desta obra-prima, desde a notável fotografia em tom documental de Gregg Toland (que no ano seguinte fotografaria Cidadão Kane), até ao admirável e muito fordiano ensemble de atores, liderado pelos grandes Henry Fonda, John Carradine e Jane Darwell. Mas, claro, o que nos marca a cada visão desta jornada da família Joad entre o Oklahoma natal e a Califórnia prometida, na América da Grande Depressão, é o seu profundo alcance moral e social. Que este comovente hino ao povo comum, oprimido pelos kafkianos interesses dos bancos e das grandes corporações sem cara, nos seja dado por um nada engagée “fazedor de westerns” (como se auto-intitulava), não deixa de ser surpreendente, mas a verdade é que dificilmente nos ocorreria um realizador que se identificasse tão intimamente com estes homens e mulheres, como esse peculiaríssimo grande artista americano chamado John Ford” (Harry Maddox, Duelo ao Sol).

Casablanca

3 Casablanca
Casablanca, Michael Curtiz, 1942
562 pontos – 22 votos – 4 poles

“Considerado por muitos como o melhor filme de todos os tempos, Casablanca, ainda que talvez não mereça tal título, parece ser a definição perfeita para o termo “clássico”. É impossível não pensar no filme de Michael Curtiz quandro se trata de clássicos do cinema, especialmente se falarmos do cinema hollywoodiano. Todos os elementos do filme ou alcançam ou chegam muito próximos da perfeição: da inesquecível canção “As time goes by”, passando pelo elenco impecável – onde Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid e Claude Rains criam alguns dos personagens mais marcantes da história do cinema – e pelo clima de tensão gerado pelo contexto da Segunda Guerra Mundial – no qual a história se passa e o filme foi produzido – até chegar a uma das maiores e mais belas histórias de amor que o cinema já contou. Curtiz, Bogart e Bergman fazem da impossibilidade do amor de Rick e Ilsa a força motriz de Casablanca e a maior responsável pela beleza de sua história. História de um amor imortal, tal qual o filme de Curtiz” (Wallace Guedes, Crônicas Cinéfilas).

Pacto de Sangue

4 Pacto de Sangue
Double Idemnity, Billy Wilder, 1944
526 pontos – 22 votos – 2 poles

“Era uma tarde de segunda-feira, estava tomando um café com Analdo, quando ele me veio com a seguinte pergunta: “o que é cinema noir?”. Eu não disse uma palavra, sabia que não seria preciso, apenas peguei o dvd de Pacto de Sangue que estava em minha mochila e emprestei a ele. “Assista isso e você entenderá, amigão”, pensei comigo mesmo. No outro dia nos encontramos novamente, Analdo era só elogios ao filme, me falou de como ficara boquiaberto com as atuações, a fotografia, o roteiro e especialmente a maestria com a qual Billy Wilder dirigia tudo. “E eu achava que ele só fazia comédias…”, disse. “Wilder é um mestre, um diretor completo”, eu respondi e comecei a rir da situação. Logo depois disse que tinha um outro filme para emprestar a ele, e tirei da minha mochila o dvd de Crepúsculo dos Deuses. Essa é a história de como Analdo entendeu o que era cinema noir” (Christopher Faust, Christophilmes).

Ladrões de Bicicletas

5 Ladrões de Bicicletas
Ladri di Biciclette, Vittorio De Sica, 1948
484 pontos – 21 votos – 1 pole

“Não é difícil entender porque Ladrões de Bicicleta conseguiu resistir tão bem ao tempo. É um filme muito simples, quase universal e com uma força surpreendente que melhora a cada revisão. Difícil é não ficar vidrado na poesia urbana realista que Vittorio de Sica imprime em cada seqüência; ou no naturalismo das encenações de atores amadores recriando seus cotidianos, suas próprias vidas, principalmente em uma cena como a que Ricci, em pleno desespero por não encontrar sua bicicleta roubada, decide levar seu filho para um restaurante. Há tanto vigor nesses momentos tão simples… Também é interressante notar o contraste do glamour hollywoodiano com o mundo neo-realista representado nas cenas onde Ricci cola cartazes de filmes americanos com enormes retratos de Rita Hayworth. E por enquanto chega, pois se eu entrar no final, é capaz de chorar como acontece toda vez que eu vejo o filme. O espaço é curto, e poderia ficar citando várias cenas e momentos devastadores de Ladrões de Bicicleta, mas acho que já foi o suficiente pra declarar minha admiração pelo filme”.

Desencanto

6 Desencanto
Brief Encounter, David Lean, 1945
472 pontos – 22 votos – sem poles

“O amor romântico, o amor impossível, o amor súbito, o amor. David Lean é o responsável pelo filme de amor mais maduro de todos os tempos, que começa com um encontro numa estação de trem e dura o exato tempo de um sonho, aquele que pode ser rápido e nunca mais voltar ou que pode virar um martelo na memória. Desencanto, pra mim, foi refilmado como As Pontes de Madison, por Clint Eastwood, e virou música, Qui Nem Jiló, na voz de Luiz Gonzaga. Desencanto é refletido o tempo inteiro porque sua força-motriz é a mesma da vida. É um filme tão pequeno, mas tão imenso que chega a ser assustador. É um filme que precisa de tão pouco para dizer tudo tão completamente que não pode ser resumido numa frase, num parágrafo ou num livro de muitas páginas” (Chico Fireman, Filmes do Chico).

Festim Diabólico

7 Festim Diabólico
Rope, Alfred Hitchcock, 1948
438 pontos – 22 votos – 1 pole

“Foi durante muito tempo o meu Hitchcock favorito. Depois foi caindo um pouco de posição, mas ainda hoje é um dos trabalhos do cineasta que mais aprecio. Lembro da primeira vez que o vi, numa Sessão de Gala, e meu coração pulsava acelerado de uma maneira que nenhum outro filme então chegara a provocar. É um de seus trabalhos mais experimentais e que logo depois o próprio mestre do suspense diz não ter gostado – a experiência do uso do plano-seqüência contínuo. Foi também o primeiro trabalho em cores de Hitchcock e não há ainda um uso bem elaborado da cor. Mas talvez por isso mesmo o filme seja tão eficiente: por chamar a atenção apenas ao básico, isto é, ao suspense gerado por aquele corpo morto dentro de um baú que serve de mesa para uma festa. Em Festim Diabólico, somos pegos mais uma vez pela teia de Hitchcock e tememos pela descoberta do ato maligno daqueles dois jovens. Talvez os filmes de Hitchcock sejam a materialização de nossas culpas, e encontrem em Festim Diabólico um de seus maiores representantes” (Ailton Monteiro, Diário de um Cinéfilo).

A Felicidade Não se Compra

8 A Felicidade Não se Compra
It’s a Wonderful Life, Frank Capra, 1946
420 pontos – 17 votos – 1 pole

“Em 2009, A Felicidade Não se Compra completará 62 anos. Tempos depois, a angústia de George Bailey continua tão atual que ainda esperamos a chegada de Clarence para nos levar à redenção. O melhor filme de Frank Capra surgiu num cenário pós-guerra, do mundo ainda coberto pela nuvem de uma época de conflitos – o protagonista James Stewart quase não embarcou no projeto porque os traumas do campo de batalha ainda estavam presentes no ex-soldado. O astro se rendeu quando teve contato com seu personagem, um homem bondoso que decide pôr fim à sua vida e recebe a visita de um anjo marginal. Capra nunca foi um diretor de grandes arroubos técnicos, mas era mestre em contar histórias e mostrar para a platéia o lado positivista de se viver. Ele representa, para o espectador, um Clarence em celulóide que nos atenta para uma realidade fixada no próprio título original: que a vida pode ser maravilhosa” (Burg, Pipoqueira).

O Grande Ditador

9 O Grande Ditador
The Great Dictator, Charles Chaplin, 1940
375 pontos – 17 votos – sem poles

“Chaplin sempre foi um gênio criador de imagens que perduram no imaginário de qualquer pessoa, seja ela cinéfila ou não. De todos os seus filmes, O Grande Ditador talvez seja aquele que mais possua “cenas famosas”, que praticamente criaram uma vida própria fora do roteiro, existindo isoladamente. A briga para ver quem fica numa posição mais alta na cadeira de barbeiro. O discurso absolutamente hilariante do ditador hitleriano. O sublime balé com o globo terrestre. E quando você já se deu por satisfeito com imagens tão inesquecíveis, o mestre ainda surpreende com suas palavras – desta vez não para serem lidas na tela, mas, sim, ouvidas e gravadas na história do cinema como o momento em que criador e criatura se confundem em seus papéis: aquele é Chaplin? Ou aquele é o tão querido “Little Tramp” falando pela primeira e última vez? Um filme com uma mensagem, sim. E uma mensagem que nunca deixou de ser atual e bela” (Renato Silveira, Cinematório).

Rio Vermelho

10 Rio Vermelho
Red River, Howard Hawks, 1948
360 pontos – 15 votos – 2 poles

“Existe um pedestal imaginário onde certos filmes estacionam e do qual simplesmente não é possível removê-los. Muitos clássicos até chegam a passar por ele, mas não resistem ao tempo. Outros permanecem imóveis, não importa que passem 40 ou 50 anos. Rio Vermelho está estacionado nesse pedestal há 60 anos, e não há jeito de fazê-lo descer. Se a história americana passa pela conquista do Oeste, uma terra desbravada, selvagem e regida pela lei do mais forte, foi feita também pelos vaqueiros, pelas grandes criações de gado e pela brutalidade das relações entre esses homens. A obra-prima de Howard Hawks não é somente um exemplar magnífico de porque os críticos da Cahiers du Cinema valorizavam tanto o gênero – pregando que havia mais do que mocinhos, bandidos, índios e duelos por trás da cortina de poeira e fumaça que os simbolizava. É uma tour-de-force por alguns substantivos do gênero, cruzando por ataques de índios a comboios, passando por duelos e as impressionantes cenas de 10 mil cabeças de gado sendo conduzidas ao som de uma trilha que é a própria definição do gênero, do tema de Tiomkin aos temas folclóricos da ocupação americana. Kael chamou o filme de “ópera a cavalo”. Apropriado: o compositor é Hawks, mas a estória foi escrita ao longo dos anos por poeira e balas” (Rockenback, de Cinema – O Século da Luz).

11 Roma, Cidade Aberta
Roma, Città Aperta, Robert Rossellini, 1945
338 pontos – 17 votos – sem poles

“Rossellini não tinha dinheiro, status ou apoio algum quando decidiu fazer esse filme. Convocou um elenco quase que todo formado por amadores, as tomadas externas eram realizadas nas ruas de uma Itália em destroços após a guerra e até mesmo os rolos em que o filme foi rodado eram doados ou conseguidos por vias ilegais. Mas acima disso tudo prevaleceu a vontade de um homem de fazer cinema. E um cinema que ainda não existia e nascia da necessidade de se expressar em meio a um cenário calamitoso, o que acabou por influenciar toda a estética que Roma, Cidade Aberta apresentou: a humanidade tendo que conviver com a sua realidade. Uma realidade cruel contada por alguém que a viveu e sofreu. Mas mesmo com todos esses impecilhos, Roma, Cidade Aberta constitui um dos momentos mais impressionantes do cinema e, para muitos, o principal marco do neo-realismo italiano” (Daniel Pilon, Pilog).

12 O Tesouro de Sierra Madre
The Treasure of the Sierra Madre, John Huston, 1948
337 pontos – 15 votos – 1 pole

“Pegue uma picareta e acompanhe mais uma trama de ganância desenfreada na carreira de John Huston (assim como O Falcão Maltês, O Segredo das Jóias e O Homem que Queria Ser Rei). Nela você vai aprender que o Walter Huston banguela sabia tudo desse negócio de mineração, que Tim Holt era mais que um ator de westerns B e que Humphrey Bogart nem sempre era “cool” e friamente romântico como em Casablanca e tantos filmes noir. Vai aprender também que às vezes água vale mais que ouro, que é difícil uma amizade resistir quando há muito dinheiro envolvido e que um Alfonso Bedoya da vida não precisa lhe mostrar nenhum “stinking badges” pra te tirar o que você suou tanto para conquistar. E, finalmente, vai compreender com quantas gramas se faz um filmaço que vale seu peso em ouro” (Marcelo Rennó, Movieland).

13 Relíquia Macabra/O Falcão Maltês
The Maltese Falcon, John Huston, 1941
307 pontos – 17 votos – sem poles

“Estreando na direção, John Huston não poderia ser mais bem sucedido. Relíquia Macabra é um noir típico, com loira fatal, assassino sanguinário e chefe de organização, mas ao mesmo tempo foge pela tangente graças a caracterização de seu personagem principal. Sam Spade (Humphrey Bogart) representa uma auto-suficiência rara em detetives de thrillers noir. Sendo a personificação da lei imaculada em cada gesto e superioridade nos confrontos diretos com os outros personagens. Em trama, em reviravolta e em mistério, a busca pelo Falcão Maltês é um clássico, não apenas do gênero, e sim, de toda a sétima arte” (Pips, Última Sessão).

14 O Terceiro Homem
The Third Man, Carol Reed, 1949
263 pontos – 13 votos – sem poles

“Paulo Francis remarcou, em texto memorável, que a belíssima cena final de O Terceiro Homem é muito mais que uma subversão dos finais hollywoodianos. Afinal, vemos a mocinha (Alida Valli) aproximar-se do “herói” (Joseph Cotten), passar por ele, e continuar sua caminhada. Tamanha esnobada tinha um motivo, romântico no sentido masculino-feminino e também no sentido mais amplo; o herói não derrotou o vilão, mas o delatou, e delação alguma merece prêmio. Recheado de cenas (a perseguição nos esgotos é uma delas) e frases (como a piada sobre o relógio suíço) memoráveis, O Terceiro Homem é um filme de Carol Reed cercado de Orson Welles por todos os lados – que por sinal, ao contrário do que Francis também afirmou, está em uma das suas mais impressionantes aparições. Como nos melhores Welles, O Terceiro Homem é um divertido filme sério. Muito e muito” (Milton do Prado, O Olho de Hochelaga).

15 Laura
Laura, Otto Preminger, 1944
261 pontos – 13 votos – sem poles

“Laura é provavelmente o filme mais emblemático de Otto Preminger e, ao mesmo tempo, um dos film noirs mais densos que o cinema norte-americano nos deu. Veja-se o significado da figura de Laura (Gene Tierney), a mulher enigmática de que todos falam na primeira parte do filme e que o detetive McPherson (Dana Andrews) transformou numa fantasia sexual – que se constrói a partir do olhos (que contemplam o seu retrato) e das mãos (que mexem na sua roupa interior). Laura é um filme sobre o desejo de possuir uma imagem e, por isso mesmo, uma das mais belas metáforas dedicadas ao Cinema, a arte onde a morte (de um instante) e o desejo (o de tocar e entrar nele com as mãos) se confundem. Ora, como em qualquer fantasia, o cinema vive da sua própria ilusão, tal como o amor de McPherson apenas existe enquanto Laura for uma imagem num quadro, a representação de alguém que já morreu e não volta mais. Quando a Laura de carne e osso lhe aparece, a história deste amor necrófilo como que cede ao thriller policial. Faz todo o sentido esta inflexão, porque um amor tão íntimo, quase inconfessável, não podia de modo algum sobreviver à sua própria realização. Até parece que Fritz Lang (Retrato de uma Mulher) e Alfred Hitchcock (Um Corpo que Cai) vieram beber aqui” (Luís Mendonça, Cinedrio).

16 Monsieur Verdoux
Monsieur Verdoux, Charles Chaplin, 1947
236 pontos – 11 votos – sem poles

“A obra-prima maldita do mais popular dos cineastas. Um Charles Chaplin diferente do restante de sua carreira (talvez em seu melhor filme), em que ousa rimar comédia com assassinatos, onde o sentimentalismo do gênio deu lugar ao cinismo e à amargura. A moral burguesa não podia ser mais fonte de humor no sentido usual, num mundo que saía de uma guerra onde o Holocausto predominou e a bomba atômica foi o capitulo final. O roteiro contesta o “direito” de matar, o ponto onde o certo e o errado emergem de fatos absolutamente iguais na sua essência. Verdoux enxerga como ninguém a praticidade das regras sociais e a hipocrisia ostensiva a sua volta, onde inocentes são sacrificados sem peso na consciência, enquanto que os donos do poder cobram um preço aos que executam os seus pares. As atribulações de Verdoux para manter suas identidades distintas, eliminar suas vitimas e investir-lhes a fortuna rendem uma dinâmica memorável. O tema foi soprado ao ator-diretor por Orson Welles (creditado), que declarou que vendera a idéia a Chaplin por acreditar que era o único ator vivo capaz de fazer o papel” (Vlademir Lazo, O Olhar Implícito).

17 Rebecca, a Mulher Inesquecível
Rebecca, Alfred Hitchcock, 1940
206 pontos – 10 votos – sem poles

“Impossível esquecer Rebecca. Esquecer a sua reverberante ausência. A sua opressiva onipresença. A sua influência sobre as pessoas, capaz de fazer aflorar particularidades que se chocam enquanto serpenteiam por uma Manderley surreal: a insegurança e a fragilidade de Joan, o tormento e os segredos de Laurence, a lealdade de Reginald, a canalhice de George, a deliciosa vilania de Judith, fruto de uma curiosa e obtusa fixação por Rebecca… e, finalmente, a genialidade de Alfred, que surge quase atípica, deveras onírica, por vezes sobrenatural, feita de travellings ousados, fotografia primorosa, montagem soberba e direção irretocável. Impossível esquecer Rebecca. Impossível esquecer a sua capacidade de ser tão somente o que ouvimos falar… e o que imaginamos… e o que vimos… se é que realmente vimos algo ali, naquelas janelas, naqueles corredores, naquele filme inesquecível…” (William Wilson, MegaZona).

18 Pai e Filha
Bashun, Yasujiro Ozu, 1949
179 pontos – 8 votos – sem poles

“A ambigüidade de um sorriso, a tristeza de um olhar, o sono que impede ouvir o desabafo emocionado do outro. Basta um único plano com os seres que habitam a cinematografia de Ozu para perceber a profundidade alcançada pelo mesmo quanto ao retrato de relações humanas. Se quando mostra a natureza consegue cenas das mais lindas, é quando coloca seus personagens em contato que Ozu ultrapassa a beleza do seu estilo estético (que, sim, merece muitas análises dos recursos técnicos empregados) para chegar a um nível emocional intensamente íntimo e honesto. Aqui, a história de uma filha que não quer casar para não se separar do seu querido pai é um pretexto para Ozu estabelecer a dicotomia entre o tradicional e a modernidade. Entre o velho e o novo. Entre o passado e o futuro: o passeio lúdico de bicicleta leva a um inevitável caminho de “beba Coca-Cola”. Ao mesmo tempo pode também ser visto apenas como a contemplação de pessoas e de suas interações com elas e com o mundo que as cerca. Um filme sobre um pai que descasca uma maçã como se fosse pela primeira vez” (Rudá Lemos, Do Desastre ao Triunfo).

19 Interlúdio
Notorious, Alfred Hitchcok, 1946
175 pontos – 9 votos – sem poles

“No tempo da guerra que mais marcou o século XX, Interlúdio insere no gênero de espionagem dois conflitos fundamentais: o triângulo amoroso e o dilema de ter de escolher entre o amor e o dever. E esta encruzilhada não é colocada diante de um protagonista, mas vivida intensamente por todas as pontas deste formidável triângulo escaleno. Para complicar, a atormentada Ingrid Bergman tem de lidar com os preconteitos do machista e orgulhoso Cary Grant. Mas é na personagem de Claude Rains que o grande drama está centrado. Hitchcock dizia que quanto melhor o vilão, melhor o filme; Rains é o mais humano e, portanto, o mais trágico dentre todos os seus vilões. Apenas em Um Corpo que Cai o diretor chegou perto de criar um plano final tão impactante e aterrador como o de Interlúdio” (Marcelo V., de Cinema Cuspido e Escarrado).

20 Paixão dos Fortes
My Darling Clementine, John Ford, 1946
174 pontos – 7 votos – 1 pole

É mais ou menos como acontece com Rastros de Ódio e com outros westerns de John Ford: Paixão dos Fortes transcende esse gênero, vai além de rótulos, explorando mitos do oeste norte-americano (no caso, a lenda de Wyatt Earp) ao mesmo tempo em que foge de qualquer tipo de simplificação; é, acima de tudo, sobre as relações humanas (o tema favorito de Ford). Extrai da simplicidade cenas de beleza extrema: Earp dançando com Clementine, nos mostrando não aquela figura convencional do herói, mas o homem que intimidasse frente a mulher que ama. O melhor de tudo é que o que parece realmente importar nessa sequencia são os poucos minutos que dura a trajetória silenciosa dos dois até a inauguração da Igreja. É pouco tempo, mas parece resumir toda a força que o Cinema pode exercer. É de momentos como esse que os grandes filmes são feitos (e que fazem de John Ford um de nossos maiores cineastas)” (Rodrigo Pierre, Total Trash).

15 segunda-feira dez 2008

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RANKING DOS ANOS 40
do 21 ao 50

21 Este Mundo é um Hospício
Arsenic and Old Lace, Frank Capra, 1944
163 pontos – 7 votos – 3 poles

22 Alemanha Ano Zero
Germania Anno Zero, Roberto Rossellini, 1948
162 pontos – 7 votos – 1 pole

23 O Boulevard do Crime
Les Enfants du Paradis, Marcel Carné, 1945
159 pontos – 8 votos – sem poles

24 Como Era Verde o Meu Vale
How Green Was My Valley, John Ford, 1941
155 pontos – 6 votos – 1 pole

25 A Bela e a Fera
La Belle et la Bête, Jean Cocteau, 1946
151 pontos – 8 votos – sem poles

26 Jejum de Amor
His Girl Friday, Howard Hawks, 1940
150 pontos – 6 votos – 1 pole

27 Ivan, o Terrível – Parte 1
Ivan Groznyy I, Sergei Eisenstein, 1944
149 pontos – 7 votos – sem poles

28 Os Sapatinhos Vermelhos
The Red Shoes, Michael Powell e Emeric Pressburger, 1948
147 pontos – 7 votos – sem poles

29 A Sombra de uma Dúvida
Shadow of a Doubt, Alfred Hitchcock, 1943
143 pontos – 7 votos – 1 pole

30 Dias de Ira
Vredens Dag, Carl Theodor Dreyer, 1943
138 pontos – 6 votos – 1 pole

31 Sangue de Herói
Fort Apache, John Ford, 1948
129 pontos – 6 votos – sem poles

32 À Beira do Abismo
The Big Sleep, Howard Hawks, 1946
123 pontos – 7 votos – sem poles

33 Carta de uma Desconhecida
Letter from an Unknown Woman, Max Ophüls, 1948
123 pontos – 6 votos – sem poles

34 A Grande Ilusão
All the King’s Men, Robert Rossen, 1949
122 pontos – 6 votos – sem poles

35 Consciências Mortas
The Ox-Bow Incident, William A. Wellman, 1941
114 pontos – 6 votos – sem poles

36 Sangue de Pantera
Cat People, Jacques Tourneur, 1942
108 pontos – 6 votos – 1 pole

37 A Loja da Esquina
The Shop Around the Corner, Ernest Lubitsch, 1940
108 pontos – 6 votos – sem poles

38 Fantasia
Fantasia, vários diretores, 1940
106 pontos – 5 votos – sem poles

39 Dumbo
Dumbo, Ben Sharpsteen, 1941
105 pontos – 6 votos – sem poles

40 Fuga do Passado
Out of the Past, Jacques Tourneur, 1947
105 pontos – 5 votos – sem poles

41 Almas Perversas
Scarlet Street, Fritz Lang, 1945
103 pontos – 5 votos – sem poles

42 Núpcias de Escândalo
The Philadelphia Story, George Cukor, 1940
101 pontos – 5 votos – sem poles

43 Contrastes Humanos
Sullivan’s Travels, Preston Sturges, 1941
100 pontos – 6 votos – sem poles

44 Paisà
Paisà, Roberto Rossellini, 1946
99 pontos – 5 votos – sem poles

45 Soberba
The Magnificent Amberson, Orson Welles, 1942
97 pontos – 5 votos – sem poles

46 Gilda
Gilda, Charles Vidor, 1946
96 pontos – 6 votos – sem poles

47 A Dama de Shangai
The Lady from Shangai, Orson Welles (não creditado), 1947
95 pontos – 5 votos – 1 pole

48 Matei Jesse James
I Shot Jesse James, Samuel Fuller, 1949
93 pontos – 5 votos – sem poles

49 Grandes Esperanças
Great Expectations, David Lean, 1946
83 pontos – 5 votos – sem poles

50 Curva do Destino
Detour, Edgar G. Ulmer, 1945
80 pontos – 5 votos – sem poles

02 terça-feira dez 2008

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Alfred

Alfred 2008 Poster

Pelo sexto ano consecutivo, a Liga dos Blogues Cinematográficos inicia a preparação para seu prêmio de melhores do ano no cinema. A votação acontecerá em duas etapas. O processo de escolha dos indicados para o ALFRED 2008 começará no dia 18 de janeiro e durará duas semanas. O anúncio dos finalistas será feito no dia 4 de fevereiro, a partir das 20h. Em seguida, começa a escolha dos vencedores em cada categoria. Os prêmios finais serão divulgados no dia 12 de fevereiro, a partir das 21h.

O design do cartaz e dos banners do Alfred 2008, que serão divulgados aos poucos, são de autoria de Teco Apple, membro fundador da Liga.

As categorias são: 1) FILME DO ANO; 2) DIREÇÃO; 3) ATOR; 4) ATRIZ; 5) ATOR COADJUVANTE; 6) ATRIZ COADJUVANTE; 7) ELENCO; 8.) ROTEIRO ORIGINAL; 9) ROTEIRO ADAPTADO; 10) CENA DO ANO; 11) FILME BRASILEIRO; 12) FILME DE ESTRÉIA; 13) FOTOGRAFIA; 14) MONTAGEM; 15) DIREÇÃO DE ARTE E FIGURINOS; 16) TRILHA SONORA; 17) CANÇÃO; 18) SOM; 19) EFEITOS VISUAIS; 20) PIOR FILME.

Alfred 2008

Elegibilidade: são elegíveis para o Alfred 2008 todos os longa-metragens (com duração mínima de 60 minutos) que tenham estreado em circuito comercial por pelo menos uma semana em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2008. No começo de 2009, os membros da Liga receberão uma lista de filmes elegíveis, com títulos originais, diretores, protagonistas, roteiro original ou adaptado e canções.

A Liga existe desde o final de 2003. Entre os 60 integrantes do grupo estão jornalistas, críticos de cinema, blogueiros profissionais e cinéfilos com as mais variadas profissões.

O Alfred de FILME DO ANO, prêmio principal da Liga, já foi ganho por Sobre Meninos e Lobos, de Clint Eastwood (em 2003); Encontros e Desencontros, de Sofia Coppola (em 2004); Menina de Ouro, também de Clint Eastwood (em 2005); O Novo Mundo, de Terrence Malick, e O Segredo de Brokeback Mountain (ambos em 2006); e Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho (em 2007).

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